A juventude predileta
No seu coração cheio de compaixão sente toda a ternura de um pai, sobretudo para com a juventude predileta, a mais exposta aos perigos. As vozes de tantas crianças e jovens negligenciadas pelas famílias e enganadas pelas falsas promessas de felicidade,o questionam, o solicitam a “fazer alguma coisa”.
“Querida juventude, que aquece o meu coração de caridade, se soubesse quanto te ama o teu Salvador! Ele vê que depende de ti o bem da presente e da futura sociedade. Tu serás a alegria da tua Mãe Igreja. Tu és e serás portadora de felicidade às famílias. Eis-me aqui sobretudo para ti, juventude amada” (Z.A. Escr. para o povo, p. 151). A fé o leva à oração, seguro que as obras de Deus se cumprem,primeiro e antes de tudo, com a oração. O zelo pelo bem da juventude o impele na busca de colaboração e pede ajuda. A busca humilde, insistente para conseguir as irmãs, fracassa. Ele não se perturba, faz tudo aquilo que pode, e se confia à oração: “O Senhor não permitirá que se esvaziem de efeito as nossas muitas fadigas sofridas até aqui. Quando seja o momento Ele colocará em minhas mãos o fio” (Das “Memórias”).
Como ontem uma voz ...nos interpela
Também hoje, como ontem, adolescentes e jovens entram pouco a pouco, em um mundo “adulto”. Hoje, como ontem, frágeis, inseguros, inconstantes, mas também curiosos, disponíveis a tudo e generosos; são objeto de interesse, um “mercado fácil”. Hoje, como ontem, uma voz ressoa e interpela: “Como permanecer indiferente diante do massacre da pobre juventude? Serão mais solícitos os inimigos de Jesus Cristo em arruiná-la que nós em salvá-la?” (Z.A. p. 114).
1856... Nasce a obra: as primeiras três Irmãs
Conhecendo a ansiedade do Pároco, sabendo que ele procura pessoas generosas que se colocam a serviço do mundo juvenil, “três jovens que frequentavam o Oratório se apresentaram a Pe. Zefirinopedindo para fazer também elas alguma coisa a fim de imitar Sta. Ângela no cuidado das adolescentes, iniciando para as mais pobres e abandonadas uma Escola” (Das “Memórias”). E a Obra nasce, toma forma em 1856, na pobre casa da Via Muro Padri, dando inicio à primeira escola de caridade, a recreação festiva, a instrução cristã. A humilde sede, a pobreza das primeiras Irmãs não perturbam a paz e a confiança não diminui.
Pe. Zefirino vê e sente na oração, que “Deus quer a Obra” e repete a si mesmo a aos outros:“Oração, oração!” Acolhe e leva as primeiras Filhas, a riqueza de criaturas frágeis e abandonadas e as confia às Irmãs como o tesouro mais querido e precioso a Deus: “Caríssimas, estas pobres adolescentes sejam o mais caro objeto dos seus amorosos cuidados, das suas piedosas solicitudes. Instruam as suas mentes, cultivemas virtude nos seus corações, protejam-nas das insidias deste mundo” (Z.A, p.289).
Para sempre!
Seguindo os passo do Fundador, a Ursulina coloca no centro da sua atenção a formação dos jovens e, especialmente, a formação da mulher, com a convicção que a mulher ocupa um lugar insubstituível na família, na sociedade e na igreja.